Neste domingo, o Prefeito Eduardo Paes e o Presidente Lula inauguraram a primeira fase das obras da Comunidade do Aço, localizada em uma das áreas com menor índice de desenvolvimento humano do Rio de Janeiro. Originalmente um assentamento provisório estabelecido há 60 anos após uma inundação, a comunidade nunca havia sido realocada para um local adequado.
![Aérea da Comunidade do Aço - Foto: Reprodução](https://jornalperfil.com/wp-content/uploads/2024/07/imagem-2-1.jpg)
O projeto prevê a construção de 44 blocos de apartamentos, cada um com 16 unidades, totalizando 704 unidades residenciais. A entrega final está programada para maio de 2026. Além dos apartamentos, serão construídos um reservatório de 3,3 milhões de litros de água potável, mais de 9 km de redes de água, uma elevatória de esgotos, 6 km de redes de esgoto, 8 km de redes de drenagem, 2 km de ciclovias, 37.000 m² de calçadas e o plantio de 16.000 mudas de árvores.
Os apartamentos, com 55 m² cada, oferecem 30% mais espaço que as unidades padrão do programa Minha Casa Minha Vida. Os prédios, de quatro andares com quatro apartamentos por andar, foram modelados em BIM (Building Information Modelling), uma tecnologia avançada que permite a construção virtual tridimensional, garantindo precisão e eficiência.
![Casa da Comunidade do Aço - Foto: Reprodução](https://jornalperfil.com/wp-content/uploads/2024/07/imagem-3-1.jpg)
![Apartamento Modelo - Foto: Reprodução](https://jornalperfil.com/wp-content/uploads/2024/07/imagem-4-1.jpg)
Um diferencial do projeto é a realocação das famílias na mesma área, evitando remoções ou desapropriações. Isso, no entanto, prolonga as intervenções, pois é necessário construir novos prédios, transferir os moradores, demolir as antigas construções e repetir o ciclo. Seguem imagens ilustrativas do fluxo planejado:
Vinicius Benevides, Diretor Operacional da Dimensional Engenharia e responsável técnico pelas obras, descreveu o projeto como um “SIM CITY da vida real”. Atualmente, a construção dos primeiros 18 prédios está em andamento, com três prédios (48 unidades) já prontos e um completamente mobiliado. A previsão é entregar 288 unidades até o final deste ano.
O empreendimento busca certificações ambientais inéditas para habitação de interesse social no Brasil, incluindo os selos internacionais EDGE do Banco Mundial e GBC Condomínio do Green Building Council. Além disso, busca os selos LEED para Comunidades e LEED ND, certificados de sustentabilidade urbana.
![Selo internacionais EDGE do Banco Mundial e GBC Condomínio do Green Building Council](https://jornalperfil.com/wp-content/uploads/2024/07/imagem-13.jpg)
Para atingir altos padrões de eficiência energética, foram adotadas estratégias como geração de energia solar, iluminação LED, restritores de vazão em chuveiros e torneiras, descargas de duplo fluxo, janelas maiores para melhor iluminação e ventilação natural, materiais de alta refletância solar e isolamento térmico. A usina solar fornecerá energia para áreas comuns e reduzirá aproximadamente 60% das contas de energia dos moradores.
“Importante lembrar que a Certificação Ambiental é uma concepção imensamente mais profunda do que apenas painéis solares e reuso da água da chuva, impacta de forma mais ampla o meio-ambiente e a sociedade. Na realidade, um empreendimento verde acreditado é muito aderente aos preceitos ESG – Enviroment, Social and Governance. Então, em um imóvel com certificação ambiental, há a certeza de que aquela construção é totalmente aderente às leis, recolheu os impostos aplicáveis, resguardou o meio-ambiente e cuidou de sua força de trabalho, tanto assinando suas carteiras, como cuidando de sua saúde, segurança e desenvolvimento pessoal e profissional“, afirma Benevides.
“-Adicionalmente, há a preocupação com todo o ciclo de vida da edificação, com a diminuição dos custos de Operação & Manutenção, bem como a preocupação com a saúde dos futuros usuários e com a redução de emissões ao longo do pós-obra. Os impactos positivos para as partes interessadas e para a sociedade justificam esse esforço adicional de se buscar a certificação, sendo a construção certificada genuinamente uma obra ESG” completa o engenheiro responsável pelas obras.
![30.06.2024 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Morar Carioca, no bairro de Santa Cruz. Rio de Janeiro – RJ. Foto: Ricardo Stuckert / PR](https://jornalperfil.com/wp-content/uploads/2024/07/imagem-14.jpg)
A Dimensional Engenharia está quebrando paradigmas ao demonstrar que é possível construir um empreendimento residencial econômico com certificação ambiental, provando que esse conceito não é exclusivo para segmentos de alta renda.
Além disso, a obra da Comunidade do Aço é Carbono Neutra. A construtora contabiliza todas as suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) desde 2020, compensando-as com créditos de Carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU, tornando a empresa e a obra neutras em carbono.
Fonte: Diário do Rio
Comente este post