Nesta sexta-feira (21), a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram uma operação conjunta para desarticular uma organização criminosa especializada em estelionato, cujo líder é um policial militar. Cinco membros do grupo foram detidos nas primeiras horas da manhã como parte da operação.
A “Operação Pseudônimo”, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão contra sete integrantes do grupo. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu e estão sendo executados em Nilópolis, São João de Meriti e Mesquita, na Baixada Fluminense.
As investigações, conduzidas pela 52ª DP (Nova Iguaçu), revelaram que o grupo ludibriava suas vítimas com promessas falsas de resgate do FGTS e do 14º salário. Utilizando um núcleo de telemarketing, convenciam as vítimas sobre créditos inexistentes e as encaminhavam para escritórios, onde fotos e documentos eram obtidos pelo núcleo de atendimento.
As fotos eram enviadas ao líder do grupo, que falsificava contratos de empréstimos eletrônicos utilizando a biometria facial das vítimas. Após o depósito do dinheiro, os clientes eram levados a agências bancárias sob falsos pretextos e tinham o valor transferido para contas de terceiros ou sacado sem o seu conhecimento. Posteriormente, apenas uma fração do dinheiro era devolvida aos clientes, sob o pretexto de ser o saldo devido do FGTS.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a quadrilha, liderada pelo policial militar Gustavo de Oliveira Piau, aplicou o golpe do empréstimo consignado em pelo menos 17 pessoas, a maioria delas idosas, arrecadando cerca de R$ 640 mil em um ano. O grupo operava através de múltiplos escritórios nos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, demonstrando uma estrutura organizada com diversos núcleos e envolvimento de terceiros.
Além de Gustavo de Oliveira Piau, foram denunciados João Vitor Romão de Oliveira Piau, Kate Suelen Lemos de Assis, Cristiane Silva de Brito, Tamires da Silva Pinho, Marcus Vinícius Oliveira de Abreu e Samuel da Cruz Atanazio. A Justiça decretou a prisão preventiva dos cinco primeiros acusados.
Fonte: O Dia.
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