Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser corrigido, pelo menos, pela inflação, o EXTRA fez simulações de como ficaria o saldo da conta vinculada do trabalhador de acordo com a nova fórmula de correção. A decisão, aceitando a proposta do governo federal, foi tomada nesta quarta-feira (dia 12), para que a remuneração do FGTS não seja inferior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. A decisão só vale para depósitos futuros e não afeta os valores já depositados.
Atualmente, os valores depositados no FGTS são corrigidos mensalmente pela Taxa Referencial (TR), mais juros de 3% ao ano. Como a TR está próxima de zero, quando o modelo resultar em uma remuneração inferior ao IPCA, caberá ao Conselho Curador do FGTS determinar uma compensação, fazendo a correção pela inflação.
Veja abaixo a simulação de quanto teria rendido os recursos no Fundo considerando a inflação de 2023 e a fórmula atual do rendimento.
A análise foi conduzida pelo economista Caio Ferrari, professor da Uerj, e pelo planejador financeiro Fabrice Blancard, que calcularam as variações na correção de cinco faixas de saldos do FGTS para o ano de 2023. Ferrari explica o método utilizado: “Primeiro, consideramos o rendimento anual de cada faixa pelo IPCA de 2023, acumulado em 4,62%. Em seguida, calculamos o rendimento pela TR, que fechou o ano passado em 1,76%, mais 3%, que é a fórmula atualmente utilizada.”
A simulação demonstrou que, no ano passado, o rendimento com a fórmula atual foi mais vantajoso do que teria sido com a inflação. No entanto, se fossem considerados os anos de 2021 e 2022, a situação teria sido diferente, devido à alta inflação nesse período.
Fonte: Extra.
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