O jovem João Vinicius Ferreira Simões, de 25 anos, que faleceu no último sábado (9) após ser eletrocutado em um evento no Riocentro, Zona Oeste, foi atingido por um condutor elétrico nas costas. A informação foi confirmada pela mãe da vítima, Roberta Ferreira, nesta segunda-feira (11).
“Ontem à tarde, no IML, o médico legista disse que meu filho estava com uma marca nas costas causada por um condutor elétrico”, explicou.
Segundo ela, o médico também afirmou que o tênis, documentos e celular que estavam com ele foram encontrados secos. Ou seja, mesmo com as fortes chuvas, o rapaz não estaria molhado quando sofreu a descarga elétrica.
Testemunhas relatam que o acidente ocorreu por volta das 22h, quando uma tempestade atingiu a região e o público tentava se abrigar nos poucos espaços cobertos, como próximos aos food trucks.
Na ocasião, João Vinícius foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. No entanto, a unidade de saúde informou que o paciente chegou sofrendo parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Apesar do temporal, relatos afirmam que várias pessoas receberam choques elétricos antes das chuvas.
“Minutos antes de começar a chuva, eu fui comprar um lanche no food truck da pista premium, próximo à barraca de pipoca e batata frita. Eu encostei na mesinha presa ao carrinho e levei um choque muito forte. Fiquei assustada e quase caí para trás”, disse uma testemunha.
“Me abriguei atrás de um carrinho de food truck, que vendia pizza, fiquei lá por um tempo. Quando melhorei e fui sair de lá, acabei encostando, sem querer, ao mesmo tempo, na placa de metal que fechava o evento e na parede do food truck, levando um forte choque no braço. Pensei que fosse algo aleatório, então sentei por um tempo para me recuperar do susto e depois saí procurando outro lugar para ficar”, relatou outra.
No dia seguinte ao acidente, a família esteve no local do evento e registrou fios expostos no chão. A mãe do jovem alega ainda que não houve perícia.
“Todas essas fotos foram tiradas porque a polícia empurrou o portão do evento para que pudéssemos entrar. E não havia mais ninguém do evento lá. Tudo estava sendo desmontado! E até agora ninguém entrou em contato comigo, apesar de estarem dizendo que estão prestando assistência”, disse a mãe da vítima.
O caso está sendo investigado pela 32ª DP (Taquara). A Polícia Civil explicou que, apesar do local não ter sido preservado até a chegada da polícia, a perícia será realizada e eventual prejuízo para as investigações será objeto de responsabilização na forma da lei. Os organizadores do evento e outras testemunhas serão chamados para prestar depoimento.
O sepultamento de João está marcado para às 15h desta segunda-feira (11) no Cemitério Municipal de Maricá. O velório começa às 9h.
Fonte: O Dia.
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