Um agente da Polícia Federal está sendo investigado pela Polícia Civil após funcionárias da delegacia da PF em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o acusarem de assédio moral e ameaças.
As quatro funcionárias detalharam em seus depoimentos como se sentiam no ambiente de trabalho sob a supervisão do chefe de cartório, identificado como Fábio Sarno dos Santos. Após as denúncias, um inquérito foi instaurado, e Fábio será chamado para prestar esclarecimentos.
Segundo relatos das vítimas, em um dos incidentes, Fábio imprimiu a imagem de um alvo e pediu que uma das funcionárias o colocasse na parede. Quando ela se virou, se deparou com Fábio apontando uma arma para ela.
Uma das funcionárias precisou ser afastada do trabalho por questões psicológicas, depois de passar por diversas situações de assédio com Fábio, que frequentemente estava nervoso. O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do município. De acordo com a delegada Mônica Areal, as vítimas foram orientadas a reunir o máximo de provas possível.
“Orientei as vítimas a trazerem o máximo de provas possíveis e, também, se elas lembrarem de alguma coisa, para voltarem e deixar o depoimento delas mais robusto para que possa indiciá-lo – ou não – e mandar para o Ministério Público”, explicou.
Além da Polícia Civil, o caso foi primeiramente denunciado à Polícia Federal.
O que diz a PF
A Polícia Federal informou que inicialmente os fatos foram apurados em uma sindicância investigativa, que resultou na abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a ser instaurado pela Corregedoria Regional.
“Cumpre destacar que o servidor foi afastado da chefia do cartório pelo próprio Chefe da Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu. Por fim, informa que os fatos, em trâmite interno, seguem sob sigilo”, diz trecho da nota.
A data do afastamento do policial não foi informada pela PF.
A defesa do policial não foi localizada, mas o espaço está aberto para manifestações.
Fonte: O Dia.
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