Governo do estado, Defensoria Pública e MetrôRio se unem em ações de conscientização na Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida. A iniciativa promoverá atendimentos e distribuição de materiais informativos nesta quarta-feira (27), na estação Carioca do sistema metroviário.
No Rio de Janeiro, os números mostram a necessidade urgente de trabalhar na prevenção. Em 2023, foram registrados 5.815 desaparecimentos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Por isso, durante a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e a Defensoria Pública do Estado, em parceria com o Metrô Rio, realizarão uma ação de alerta sobre a importância da prevenção e da rápida atuação em casos de desaparecimento, comunicando às autoridades competentes.
Nesta quarta-feira (27/03), das 9h às 13h, na estação Carioca/Centro do MetrôRio, haverá uma grande mobilização com distribuição de material informativo. Quando necessário, os casos serão encaminhados para as redes de atendimento. A conscientização do público e o atendimento presencial serão feitos pela Defensoria Pública, pela Superintendência de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas e Acesso à Documentação Básica e pela Fundação de Apoio à Criança e Adolescente (FIA).
“A parceria que realizamos é de suma importância, pois mobiliza a sociedade para a localização de crianças e adolescentes desaparecidos. O grande objetivo do nosso Programa SOS Crianças Desaparecidas é reduzir ao máximo o número de casos, atuando principalmente em ações de prevenção”, explica Fernanda Lessa, presidente da FIA-RJ.
O evento contará com equipes técnicas e representantes das entidades que oferecerão acesso à documentação básica, distribuição de cartilhas informativas, conscientização sobre a data, pulseiras de identificação para crianças – uma ferramenta importante utilizada pelo Governo do Estado para eventos com grande circulação de pessoas – e escuta ativa quando necessário.
Segundo o ISP, em 2022, 5.255 pessoas desapareceram, sendo 23,9% crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Destes, 71% são crianças pretas e pardas. Para o defensor Rodrigo Azambuja, isso revela o racismo estrutural da sociedade.
“A sobrerrepresentação de crianças negras desaparecidas reforça o racismo existente na sociedade e torna meninos e meninas negras mais vulneráveis a violações de direitos”, afirmou o defensor.
Fonte: Tupi FM.
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