O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou oito pessoas pelo crime de homicídio doloso qualificado relacionado à morte do lutador e professor de MMA Diego Braga Alves, de 44 anos, ocorrida no Morro do Banco, no Itanhangá, Zona Oeste, em janeiro deste ano. Segundo o órgão, todos os denunciados são membros da facção Comando Vermelho (CV).
Conforme a denúncia apresentada na terça-feira (26), o crime foi motivado por um motivo torpe, pois os acusados suspeitavam que a vítima fosse integrante de uma milícia rival da facção. Os criminosos também teriam cometido o assassinato de forma cruel, pois o professor foi executado a tiros e submetido ao “tribunal do tráfico”, sendo cercado por homens armados durante 20 minutos enquanto era interrogado pelos traficantes. Nesse episódio, Diego ainda foi agredido com a coronha de um fuzil na cabeça.
O MPRJ também ressaltou a qualificadora de que a morte ocorreu com recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o lutador estava desarmado e em desvantagem numérica em relação aos criminosos.
Outra qualificadora apontada pelo órgão foi o uso de armas de fogo de uso restrito, incluindo calibre 5,56 (fuzil), e 9mm.
Todos os oito acusados também tiveram pedidos de prisão preventiva feitos pelo MPRJ. A pena máxima para homicídio qualificado é de 30 anos.
Relembre o caso: Diego Braga Alves desapareceu na madrugada de 15 de janeiro após ir ao Morro do Banco em busca de sua moto, que havia sido roubada, na Muzema, também na Zona Oeste. O corpo do lutador foi encontrado no mesmo dia, à noite.
Em uma postagem nas redes sociais, Diego divulgou que sua moto foi furtada de dentro do condomínio onde morava, por dois criminosos. A ação dos bandidos foi registrada por uma câmera do local e ocorreu por volta das 3h. Na gravação, os suspeitos aparecem em outra motocicleta e param próximo à do lutador, quando o carona desce e pega o veículo da vítima. Os assaltantes estavam usando capacetes.
Fonte: O Dia.
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